19 janeiro 2006

Solidão é a visão da tua nudez
sem o meu abraço

É o teu beijo
sem os meus braços

É a beleza do teu poema
sem a minha tristeza

É o ressoar da tua música
sem letra

A melodia pura,
sem palavras.

As notas áfonas
e o dia sem amanhecer.

Vianna

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Há dias em que a chuva floresce
mais que o sol.
Irradia gotas translúcidas
e penetra na imaginação.

Dela surgem sentimentos
e lembranças tórridas.
O cheiro da terra,
o resbalar das pedras.

Aquele beijo úmido me eleva a estrelas
que hoje se escondem por trás de rígidas nuvens
Objetos longínquos, formas inalcançáveis.

Difícil é recordar o que não alcançamos,
relatar o que não vivemos,
almejar o que nunca buscamos,
chorar o que jamais amamos!

Vianna

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Se é que conseguirei dizer adeus
que seja eterno e não volte mais.
Não caia na tentação de pedir perdão.

Por mais que tenha sido intenso nosso amor,
o caminho traçado por nossas vidas foi conflitante.
As lembranças daqueles instantes não asseguram
as alegrias necessárias ao cotidiano.

Podes julgar meus pensamentos insanos,
meus objetivos levianos, que sejam!

Vivo, amo, morro e sobretudo
rio dos dias que absorvo
com todas as forças da minha boemia.

Vianna

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Pasmem!
Existem homens que não falam quando acompanhados.
E eu...sou louco por falar sozinho,
por me expressar para quem quer ou não ouvir.
Louco ou chato eu falo e me faço ouvir.
Conquisto e afasto
Amo e crio paixões
Vibro e morro.

Vianna

2 Comments:

At 4:44 PM, Anonymous Anônimo said...

Tenho a impressão de nem tudo aqui é criação. A paixão anda rondando esses cantinhos por aí, com certeza!
Tem versos aqui que eu reli: é a chave para saber o quanto gostei.
Abração.

 
At 1:25 PM, Blogger Unknown said...

Ahh Clarice... O dia em que nenhuma paixão me inspirar...
Mas há um pouco de criação também.
Que bom que gostou. Passei quase um mês sem sem escrever. Em breve, novos textos.
Abraços...

 

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